Conversava com um engenheiro civil sobre os maleficios das especialidades. De tão específicos, e tão aprofundados, esquecem-se da superfície na qual estão inseridos. A especialidade tornou-se tão ampla que criou um mundo próprio que foge ao domínio do próprio especialista.
No Urbanismo acontecem especialidades que estão muito além da paisagem urbana. Muito além do que se vê. Sob a superficie do solo, nos subterraneos, correm gases, liquidos, eletrons, bits, etc. carros em tuneis, metrô em tuneis e até adutoras em túneis. Na superficie do solo passam veiculos diversos e pessoas. Pelo ar, ondas hertzianas, fios diversos para diversas funções.
O Urbanista precisa conhecer o que não está visivel, pois faz parte do funcionamento da cidade.
O Urbanismo com suas especialidades crescentes ficou dificil de ser dominada por um unico profissional. Então o Clinico Geral do urbano, como na medicina, está desaparecendo, limitado a pequenas intervenções em periferias de cidades grandes, ou na urbanização de cidades pequenas.
Talvez esse clinico geral urbano devesse acompanhar a industria automobilistica. Sim, pois o que fez a industria automobilistica foi deixar de ser fabricante para ser o dono do projeto, detalhado em minucias, dono do know-how, enfim, tornando-se, ao invés de fabricante, uma montadora.
Falta ao urbano a "montadora", dona de todo o conhecimento em sua essencia, seu básico, e saber reunir adequadamente os especialistas urbanos. Fica a sugestão.
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