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Eficiencia, entendida aqui entre nós como menos desperdícios.

Convivemos com um desperdício incompreensível para um País onde muitas pessoas vivem em situação de risco. Dentre eles, meu foco é a melhoria de desempenho das redes de infra-estrutura urbana. Sòmente na área do Saneamento Básico, que se considera a rede de água, esgoto, drenagem e a coleta e tratamento do lixo, melhorias na qualidade de vida que se estima em R$1 Bilhão/ano foi registrada pela FGV-Fundação GetúlioVargas e Instituto Tatra ( julho, 2010), além de evitar a morte de mais de 1.000 pessoas. A rede de vias públicas insuficientes e com manutenção precária, afeta o sistema de transportes de materiais e de pessoas, com congestionamentos, poluição, desperdício de energia e principalmente consumindo o tempo das pessoas que poderia ser dedicado à sua melhoria de qualidade de vida.

Eficiencia, entendida aqui entre nós como menos desperdícios.

Convivemos com um desperdício incompreensível para um País onde muitas pessoas vivem em situação de risco. Dentre eles, meu foco é a melhoria de desempenho das redes de infra-estrutura urbana. Sòmente na área do Saneamento Básico, que se considera a rede de água, esgoto, drenagem e a coleta e tratamento do lixo, melhorias na qualidade de vida que se estima em R$1 Bilhão/ano foi registrada pela FGV-Fundação GetúlioVargas e Instituto Tatra ( julho, 2010), além de evitar a morte de mais de 1.000 pessoas. A rede de vias públicas insuficientes e com manutenção precária, afeta o sistema de transportes de materiais e de pessoas, com congestionamentos, poluição, desperdício de energia e principalmente consumindo o tempo das pessoas que poderia ser dedicado à sua melhoria de qualidade de vida.

domingo, 25 de outubro de 2009

ENCHENTES - CASCAVEL, PR, OUTUBRO 2009



Chuvas fortes em Cascavel, Paraná, dia 12 de Outubro de 2009.

Muito bem, eis uma rua inundada. Normal. Na parte mais baixa as águas se acumulam. Normal. Mas, o que há de estranho nesta imagem?
É uma foto tirada pós-chuva, a água empoçada ( ou empossada, que tomou conta da parte baixa da rua...) está com a superfície lisa, sem indícios de escoamento.
Então?
Falta escoamento, sem dúvida. Mas a dúvida é: nessa parte baixa será que Deus não havia percebido a necessidade de criar um veio dágua, um córrego, mesmo que modesto ? Será que o Homem criativo se sobrepôs à vontade divina, e no lugar do córrego de água superficial resolveu transformá-lo num curso dágua subterrâneo, dentro de manilhas de concreto, quem sabe, para economizar, com diametro de 60cm?
O Homem é criativo, pois sumindo com a água superficial provavelmente convenceu os defensores da lei ambiental que prevê a faixa de proteção "non aedificandi" para os cursos dágua, de que a área baixa ficou sendo um lote comum, sem restrições de construção.
É o que imagino que aconteceu. Pode ser que realmente Deus tenha se esquecido de dotar algumas partes baixas do relevo dessa cidade, Cascavel, com caminho para as águas.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ARREPIO DA LEI.... DÁ CÓCEGAS....


Uma calçada aparentemente ideal...mas, está larga
num trecho e mais à frente se estreita...o mesmo acontecendo
mais para trás. Mais em frente, na esquina tem uma padaria
com mesas e cadeiras em nivel mais elevado e cercado, invadindo
a calçada, além de um volume com bujões de gás.

Existem cidades mais ou menos organizadas. Existem aquelas onde num curto trecho de rua é possível observar tantas irregularidades que o cidadão se imagina desamparado pelo Poder Publico. Poder Público, seja ele Executivo, Legislativo ou Judiciário, as trocas de favores e os interesses corporativos constantes deixam os cidadãos indefesos diante de tantas e descaradas contravenções e impunidades de alguns privilegiados.
Já constatamos que somos enganados a cada eleição, desde aqueles que se arvoram de caçadores de marajás até os mais recentes representantes dos pobres e oprimidos que estão vivendo tão desonestamente e em carater ou ética, como os piores politicos anteriores que combatiam. Portanto, já aprendemos que as eleições não nos servem como instrumentos de renovação do Poder, pois a cada novo ocupante a história se repete. E agora, pior ainda, não mais existe governo para o Povo, mas simplesmente do Povo para os interesses dos eleitos.
O caminho parece ser a mobilização da comunidade. Seja pelas OnGs, que por sua vez também andaram deterioradas, com gente defendendo interesses próprios ao invéz dos da Entidade que representam. Algumas OnGs tem diretorias eleitas com chapa unica, num processo meramente rotativo de pessoas de um mesmo grupo que se perpetuam na direção.
Outro caminho é de fazer abaixo assinados, mover ação civil publica, etc. Enfim, estamos órfãos do Poder Publico e temos que buscar outros caminhos, preferencialmente legais. Ainda.

domingo, 18 de outubro de 2009

PEDESTRES, CALÇADAS E DRENAGEM URBANA



Neste site imagens comentadas por joão das aguas fala de Londrina sobre impermeabilização de patios e calçadas e suas consequencias na drenagem urbana.
Uma interessante constatação de que o problema de enchentes tem origem em inúmeras obras feitas em cad lote urbano, que além de ter o solo impermeabilizado, portanto com pouca infiltração de águas de chuva, as aguas que caem nos lotes impermeabilizados e coberturas não são nem parcialmente retidas. O pouco que cada lote possa reter de agua de chuva iria retardar a sua chegada aos corregos e rios, contribuindo assim para evitar as enchentes.
Para piorar, o Poder Publico canaliza os rios, constroi avenidas marginais nas margens dos rios e corregos, e assim provocando a aceleração das águas para os pontos baixos.

Marginais do Tietê, exemplo de retificação desnecessária
e inadequada ocupação de terrenos com subsolo de
pouca resistencia para construções e pavimentações.

sábado, 17 de outubro de 2009

PEDESTRE EM CALÇADAS DESCONFORTÁVEIS


Calçada numa rua com declividade proxima de 20%. Rampas
sucessivas de acesso de veiculos dificulta a passagem de
pedestres e principalmente de carrinhos pelo passeio.

Enquanto alguns lotes resolveram o acesso de veiculos com rampas construidas na calçada, como se observa na foto acima, alguns proprietários resolveram colocar suas rampas no interior dos lotes, mantendo as calçadas em superficie continua.
Tais fatos indicam que o Poder Publico deixa à critério dos proprietarios resolver os seus acessos de veiculos, mesmo que alterando um espaço de uso público.
Uma vez que a realidade que se encontra nas calçadas tem sido desfavorável para os pedestres - na qual se incluem os proprios proprietários que constroem rampas nas calçadas - acreditamos que é preciso alterar essa realidade. Como fazer?
Pode-se resolver com a colaboração da comunidade, cada um contribuindo para ter em frente à sua propriedade uma calçada desobstruida e continua. Pode-se também conseguir resultados pela aplicação de leis da calçada, disciplinando as condições de seu uso. Isso foi feito para o Municipio de São Paulo. Mas como resolver as calçadas de ruas com declividades de 20% ?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009


Sergio, Camila, eu e Marcio na praça da Rodviária
em Santo Antonio do Pinhal: aula de urbanismo.

Num dia ensolarado em Santo Antonio do Pinhal os alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo trocam informações sobre o meio urbano do centro da cidade de 7 mil habitantes. O centro foi percorrido numa caminhada de 20 minutos, tendo uma equipe entrevistado o padre Pedrinho que se encontrava na paróquia e estava bem humorado. Uma outra equipe encontrou-se com a proprietária do shopping center que fica na entrada sul da cidade, contando as diversas etapas cumpridas, principalmente as ambientais, para realizar o seu empreendimento, que no seu entender, a cidade precisava para se desenvolver como uma parada comercial, visto que a cidade é um ponto de passagem ligando o Sul de Minas Gerais com o Vale do Paraiba.
As festas religiosas motivam a população rural a se encontrarem além dos dias de missas, em ocasiões festivas, e a praça da Matriz é o ponto de encontro tradicional dos fieis católicos. Os de outras igrejas preferem reunir-se na praça da Rodoviária, tratada paisagisticamente com varios bancos, utilizados tanto pelos moradores de várias faixas etárias, como pelos turistas. Uma rara árvore melaleuca, de tronco torcido, dá um toque especial à praça.
As aulas "in loco" são muito boas para um aprendizado descontraido e de contato com a realidade, uma vez que muitas aulas de urbanismo se limitam aos recursos impressos, imagens projetadas e de desenhos que dificilmente conseguem transmitir as informações adequadas de espaço, de pessoas e de equipamentos urbanos com suas qualidades e defeitos.
O relacionamento aluno-professor tem também grandes ganhos, sem dúvida.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PEDESTRES X CICLISTAS

A convivência de pedestres e ciclistas é aparentemente tranquila. Apesar de estar sobre um equipamento, o ciclista está tão vulnerável quanto o pedestre. A diferença está na velocidade que cada um pode desenvolver e que dá superioridade ao ciclista no momento de fuga de quem está com a bicicleta. Perseguir alguém de bicicleta já não dá tanta vantagem pois o pedestre em fuga pode ziguezaguear, pular obstaculos, etc. onde a bicicleta fica na impossibilidade de acompanhar. E alcançando o pedestre em fuga, o ciclista precisa de habilidade para pedalar e ter um dos braços utilizados para segurar o pedestre.
Conviver pedestres e ciclistas lado a lado requer atenção de ambos pois as bicicletas se aproximam em silêncio e pega o pedestre desprevenido quando colide.
Devem as bicicletas circular em pistas separadas, devidamente bloqueadas a pedestres? A pista, ciclovia, é necessária quando os ciclistas querem desenvolver velocidade ao percorrer distancias maiores que algumas quadras. Em distâncias curtas, de percurso de lazer, as velocidades das bicicletas pode ser controlada, algo em torno de 20km/h para que se possa frear em casos de perigo.
Então as bicicletas podem circular na via pavimentada, na pista de rolamento? Podem sim, mas a ciclovia deve estar isolada da pista carroçavel dos onibus e carros.

domingo, 4 de outubro de 2009

CARROS X PEDESTRES

Uma relação muito importante a ser analisada nas cidades é a área ocupada por pavimentação e área de calçada. Essa relação é o que estamos procurando entender e eventualmente aplicar na readequação de uso da área pública. Aplicar primeiramente nas periferias metropolitanas, onde as vias publicas não estão pavimentadas; e na sequência, as vias residenciais já pavimentadas. As áreas comerciais provavelmente independem dessa análise e seriam motivo para outros estudos, do tipo calçadão, seja para uso exclusivo de pedestres ou de uso para pedestres e veiculos. Já existem estudos e intervenções interessantes como as de "traffic calming", assim como propostas mais ousadas como a de "ruas subterrâneas". ( Infra-estrutura urbana: ruas subterrâneas YOSHINAGA, Mário ano 4, vol. 9, abr. 2004, p. 095 ) . Na primeira, uma forma de tornar o tráfego de carros menos agressivo portanto em velocidades mais proximas da do pedestre, reduzindo os acidentes carro x carro e carro x pedestres; no segundo caso, uma separação radical com os carros circulando no sub-solo e acessando diretamente as garagens no sub-solo, e os pedestres ocupando inteiramente o nivel do chão, sem conflitos com carros transportadores de valores, etc., destinados principalmente a áreas de preservação histórica ( numa época, sem veiculos motorizados).
Uma via da periferia, com tipicos 10.50m de largura, poderia reduzir a pavimentação para o estritamente necessário, com duas mãos, de 6m, sendo o restante 4,50m destinados a calçadas de 2,00m e de 2,50m. Considerando-se uma solução ainda mais econômica - que seja talvez a mais adequada para a maior parte da periferia metropolitana - uma pavimentação de 3,50m ( um pouco maior nas curvaturas) e o restante de 7,00m em duas calçadas de 3,00m cada. Essa calçada teria uma faixa pavimentada em concreto, medindo 1,10m de largura acompanhando a guia, com a declividade da rua, e o restante deixando para cada morador ajardinar ou pavimentar com pavimento drenante ( perfurado). A calçada de 1,10m dá espaço para duas pessoas se cruzarem, considerando que em loteamentos com lotes de frente com 5,00m haverá várias entradas pavimentadas para carros onde as pessoas poderão se cruzar com mais espaço. A calçada de 1,10m está junto à guia para acompanhar a sua declividade ( a da rua)e será feita pelo Municipio fundida junto com a guia e sarjeta, evitando assim que as rampas dos carros comecem na guia rebaixada criando degraus aos pedestres.
Nessa faixa de 1,10m passará a rede de água potável a 50-100cm, e qualquer reparo na rede poderá ser feito com a quebra ( com corte com clipper ou makita) de uma faixa de calçada, sendo mais fácil e perfeita a sua reparação. Aproveitando as observações, em ruas com lotes com 5,00m de frente, predominantemente, as guias terão rebaixo contínuo ou solução tipo sarjetão. Em ruas mais criticas, com inclinação forte ( >15%)e lotes de frente com 5,00m, pode-se adotar um sarjetão contínuo, que servirá como parte da calçada. As captações de água pluvial, nesse caso, será feita com bocas de leão ( grelhas) no meio dos sarjetões.
Aceitamos criticas às essas observações e agradecemos às colaborações.

sábado, 3 de outubro de 2009

PEDESTRES E/OU PASSAGEIROS

Confunde-se pedestres com passageiros. Como se todo pedestre fosse um passageiro de, ou a caminho de um onibus, trem ou metrô. Pedestre é também alguém que estacionou o carro. Lembram-se do tempo que uma pessoa motorizada - que tem carro - era uma raridade? Sim, pois o crédito era restrito a pessoas de posse, com poupança suficiente para a "entrada" de cerca de 50% do valor do bem financiado, e o prazo limitava-se a no máximo 24 meses. Realmente para poucos. Naquela epoca, quem cheirasse a gasolina poderia estar esnobando status, assim como alguns exibiam a chave do VW com o emblema, deixando-o sobre a mesa... enfim, outros tempos. Hoje, com financiamentos de 72 meses e sem entrada, o financiamento ficou um leasing, e algumas pessoas estão espertamente usando o carro por um ano pagando prestações bem abaixo da locação de veiculos, e depois "generosamente" vendendo-a para outros sem cobrar pelo que já fora pago. Tal qual alugar um carro ponto zero por R$300,00/ mês.
Não é de se estranhar pois que na periferia metropolitana no meio da paisagem de casas sem revestimentos externos, ruas sem pavimentação, algumas casas ostentem mais de um carro, mesmo que usem apenas para dias de chuva e fins de semana.
Hoje, pode-se dizer, que não ter carro é mesmo um sinal de pobreza. E porisso as pessoas não querem ser pedestres "convictos", isto é, nem em fins de semana, sempre de busão.
Os motoristas que menos obedecem as leis de transito são os da periferia, os que são pedestres para economizar combustivel, mas que são motorizados nos momentos convenientes.
Mais fatos para pensar na relação de área calçada e área pavimentada.