Confunde-se pedestres com passageiros. Como se todo pedestre fosse um passageiro de, ou a caminho de um onibus, trem ou metrô. Pedestre é também alguém que estacionou o carro. Lembram-se do tempo que uma pessoa motorizada - que tem carro - era uma raridade? Sim, pois o crédito era restrito a pessoas de posse, com poupança suficiente para a "entrada" de cerca de 50% do valor do bem financiado, e o prazo limitava-se a no máximo 24 meses. Realmente para poucos. Naquela epoca, quem cheirasse a gasolina poderia estar esnobando status, assim como alguns exibiam a chave do VW com o emblema, deixando-o sobre a mesa... enfim, outros tempos. Hoje, com financiamentos de 72 meses e sem entrada, o financiamento ficou um leasing, e algumas pessoas estão espertamente usando o carro por um ano pagando prestações bem abaixo da locação de veiculos, e depois "generosamente" vendendo-a para outros sem cobrar pelo que já fora pago. Tal qual alugar um carro ponto zero por R$300,00/ mês.
Não é de se estranhar pois que na periferia metropolitana no meio da paisagem de casas sem revestimentos externos, ruas sem pavimentação, algumas casas ostentem mais de um carro, mesmo que usem apenas para dias de chuva e fins de semana.
Hoje, pode-se dizer, que não ter carro é mesmo um sinal de pobreza. E porisso as pessoas não querem ser pedestres "convictos", isto é, nem em fins de semana, sempre de busão.
Os motoristas que menos obedecem as leis de transito são os da periferia, os que são pedestres para economizar combustivel, mas que são motorizados nos momentos convenientes.
Mais fatos para pensar na relação de área calçada e área pavimentada.
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