Na edição especial da revista Veja, Brasilia 50 anos, muita informação interessante abrangendo vários aspectos da sua história. Um dos artigos, do antropólogo James Holston, professor da Universidade da Califórnia, Campus de Berkeley, fala sobre o Tombamento como patrimonio da humanidade. Visto como uma paisagem, limitado ao seu aspecto imobiliário ( urbano e arquitetonico) deixa de lado aspectos importantes da formação de um ambiente diferenciado do resto do País, focado na invenção. A história oficial registra seus criadores minoritários, mas os majoritários que lotam as periferias e que contribuem para "baixar" a estatística de maior salário médio nacional ( PIB per capita de R$37.600,00 sendo o nacional de R$12.668,00), ficam fora da história, apesar de sua inventividade. O inovador e experimental dessa população tem sido ignorado." Desde os dias pioneiros de Brasilia,...esse espirito tem sido sepultado sob camadas de preservação legal que o impedem de inspirar novas gerações de cidadãos brasilienses, que impedem esses cidadãos de o usaem para tornar a cidade viva com suas propris experiencias".
Lendo outros artigos da mesma revista, observamos que a cidade viveu mostras de pioneirismo, coragem e vontade politica, busca de liberdade, momentos de convivencia de classes ( depoimento de Oscar Niemeyer), improvisação, idealismo, etc., que constitui um legado para os que lá permaneceram e os que lá nasceram. Uma prova disso é a caracteristica crítica e irônica da Banda Legião Urbana, nascida Aborto Elétrico, que reflete a juventude brasiliense.
É um aspecto interessante de influencia de um meio urbano na formação da cultura de uma população. Essa maioria, quem sabe, um dia poderá alterar a mentalidade dessa minoria, principalmente de politicos que ainda domina economicamente o DF, com inovações para este País. Nesse dia, os urbanistas poderão comemorar que suas cidades tem o poder de influenciar a população residente.
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