No dia das CIDADES SEM CARROS algumas ruas foram bloqueadas ao trafego de veiculos e estao sendo utilizadas para promoção de eventos de conscientização da necessidade de reduzir o numero de viagens de automovel nas cidades. Correto, precisamos reduzir a poluição do ar, precisamos reduzir o consumo de combustiveis fósseis, precisamos reduzir os congestionamentos de carros nas vias publicas.
Mas, nesse dia de deixar os carros na garagem, as pessoas precisam de alternativas para ir ao trabalho, escola e outras atividades. Quem tem horario definido, como as pessoas que trabalham num determinado endereço e lá permanecem ( até mesmo para o almoço no refeitorio da empresa) pela jornada diaria de 8 horas, pode tranquilamente ( nem tanto, diriam os usuários de coletivos) ir-e-vir de onibus ou peruas. Idem para os estudantes e viagens similares de endereço unico.
Os que necessitam de passar por mais de um endereço no dia, às vezes 3 ou 4, como por exemplo quem vai a um curso de 2 horas, depois a uma clinica, depois a um cartório e depois ao banco, já complica cumprir esse roteiro de onibus. Ou o caso de um professor ou medico com dois a tres locais de trabalho. Ou de uma dona de casa que vai cumprir um roteiro de saude ( consulta do filho), educação ( curso de ingles da filha), abastecimento ( supermercado)e manutenção ( mecânico do carro), já encontra dificuldades ou impossibilidade de cumprir o programa.
Agora, muitas pessoas simplesmente não tem carro, utilizam os onibus e metros, trens e vans, etc. e cumprem parte da viagem à pé. Muitas pessoas fazem viagens à pé, seja pela distancia de cerca de 500m ( é relativo, mas pode-se considerar uma distancia que dispensaria condução) ser melhor caminhar, ou então ( e isso acontece para muitos) para economizar, deixam ( ou deixavam, agora com a validade do bilhete unico) de tomar um trecho de coletivo.
De qualquer forma, sem a necessidade de economizar em condução, graças ao bilhete unico, o usuario dos onibus sempre começam e terminam suas viagens à pé. E o que vemos como infra-estrutura para pedestres é simplesmente ineficientes, com calçadas sem pavimento, com buracos, inclinadas, estreitas e em alguns casos, disputando espaço com os postes e levando o pedestre a caminhar na pista de rolamento, sujeita a atropelamentos.
Precisamos pois melhorar nossas calçadas e dar mais qualidade de mobilidade aos que caminham, seja para sua maior segurança, seja para dar condições de praticar o habito saudavel de caminhar.
E isso requer uma postura, uma vontade politica, uma diretriz urbana, uma legislação mais realista do que a existente - sem querer criticá-la, mas observando-se a sua ineficiencia.
Quem sabe, começar com : CALÇADAS MAIS LARGAS E MENOS ESTACIONAMENTOS NAS RUAS.
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oi mário,
ResponderExcluirObrigado pelo elogio e parabens pelo blog!
Continuamos nos lendo!
Vamos em frente, à luta por dias menos poluídos e mais fraternos!
Abraços,
Felipe